ARTIGOS, NOTÍCIAS E REPERCUSSÕES SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Redes uníssonas.

Em 2005, quando se realizou o Referendo sobre o comércio de armas e munições no Brasil, as redes sociais davam seus primeiros passos, num universo onde o hoje obsoleto Orkut reinava absoluto, sem sequer sombra do gigante Facebook e do dinâmico Twitter. Hoje, pouco mais de sete anos depois, a discussão sobre o assunto tem seu palco principal em tais redes, com uma crescente participação popular e, especialmente, de políticos, com mandato ou não.

O papel das redes tem sido absolutamente fundamental na difusão de informações precisas sobre o tema, sobretudo ao apontarem o que aconteceu em todos os países que implantaram o desarmamento como política de segurança pública, todos, sem exceção, fadados a vivenciar um aumento vertiginoso nos índices de criminalidade, inclusive nos homicídios. Canadá, Inglaterra, Austrália, Jamaica, França, todos exemplificam tentativas frustradas de reduzir violência social pelo banimento das armas, forçando-os a rever suas experiências, com destaque para o Canadá, pioneiro desarmamentista e, agora, também na flexibilização das leis sobre armas, dado o reconhecido fracasso destas para o propósito ao qual foram idealizadas.

O debate nas redes tem sido amplamente dominado pela evidenciação dos efeitos negativos do desarmamento, especialmente porque, simplesmente, não há registro de um único exemplo sequer de seu sucesso. Mesmo no Brasil, onde a ideologia traduzida em política  legislativa restritiva conseguiu reduzir a venda de armas legais em 90%, os crimes continuaram a crescer e os homicídios não apresentam nenhuma queda.

Aos cada vez mais raros que tentam justificar a ideologia, os argumentos tornam-se escassos, verdadeiramente inexistentes, vendo-se uma singela tentativa de encerrar o assunto com um "acho bom e ponto". Isso não é argumento, principalmente para um tema tão relevante quanto a segurança pública, na qual cidadãos não podem ser cobaias das ideologias do regime.

No referendo de 2005, 64% da população rejeitou a proibição ao comércio de armas. Hoje, com os debates e os dados disponibilizados nas redes sociais, não há a menor dúvida de que esse percentual seria muito maior. Como novo referendo não há, a mobilização é bem mais simples, pela revogação do famigerado "estatuto do desarmamento", com o qual não se consegue identificar absolutamente nenhuma concordância técnica, no máximo a mais pueril e infundada ideologia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário