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sábado, 31 de março de 2012

Roubos a banco se alastram no interior da Bahia

Agência assaltada no Interior da BA
Crédito: Correio 24h
O interior da Bahia vive uma crise de insegurança sem precedentes, com um já sem número de assaltos a banco registrados. Em sua maioria - senão totalidade -, as ações remetem a uma ousadia criminosa impensável há alguns anos, com a investida dos bandidos, não só sobre as agências saqueadas, mas sobre toda a localidade em que esta se faz instalada.

São ações ousadas, sem dúvida, mas que, se analisadas a fundo, demonstram sequer contarem com um planejamento elaborado, dada a absoluta facilidade que hoje se encontra para sua prática. O interior tem policiamento deficitário, não raro contando com apenas uma viatura e um posto de apoio, sempre os primeiros alvos dos criminosos, que os atacam com violência, muitas vezes subtraindo as armas de policiais que não têm chance de reação e que se tornam prontamente inoperantes. Daí em diante, as ações têm em comum o fechamento do acesso às cidades, explosões às agências e o uso da população, indefesa, como reféns, verdadeiros escudos humanos. 

Mas será que tais ações seriam tão frequentes e ousadas caso os criminosos temessem alguma reação?

Nos parece que não. Assaltos a banco crescem na mesma proporção em que se inviabiliza o acesso da população às armas de fogo, consequência direta do famigerado estatuto do desarmamento, e a ousadia que hoje se vê decorre do destemor de qualquer enfrentamento. 

Há alguns anos, assaltos a banco eram rápidos, o mais discretos possível, para evitar que a ação fosse percebida e, sobretudo, que houvesse alguma reação, não só das forças policiais, mas do cidadão. Hoje, contudo, bandidos só se preocupam em neutralizar as frágeis forças policiais do interior, pois o cidadão não é mais risco à ação criminosa. Sem a polícia, não há o que temer e não mais importa quantos testemunhem a ação, que, em muitos casos, pode até ser filmada e transmitida ao vivo pela TV.

Desarmar a população confere aos criminosos o destemor do enfrentamento, tornando-os muito mais ousados. Agora, o crime da vez é contra os bancos, mas o que virá a seguir? Estão todos igualmente desarmados, indefesos.

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