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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Calvário sem fim

Parece não ter fim o calvário da insegurança pública baiana. Depois de o estado se destacar negativamente no Anuário Estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a capital, Salvador, foi matéria no The New York Times, um dos maiores jornais do mundo. E o assunto também foi  a violência.
 
De acordo com o periódico norte-americano, o outrora belo e aprazível polo turístico vem evidenciando seu "lado negro", tendo se tornado uma cidade de ruínas e, pior, rotulada de "capital do homicídio".
 
Os dados, de fato, impressionam. Salvador tem hoje mais homicídios do que qualquer outra metrópole brasileira. Nem São Paulo, com quatro vezes o tamanho da capital baiana, tem números tão alarmantes. E a situação só vem piorando nos últimos tempos, num fenômeno atribuído por especialistas ao alastramento do tráfico de drogas no estado.
 
O New York Times, contudo, erra ao enfatizar a declaração do atual prefeito do município, ACM Neto, atribuindo a responsabilidade pelo estado de calamidade ao ex-gestor, João Henrique Carneiro. Isso porque, ao contrário do que se vê nos EUA, a estruturação da segurança pública no Brasil não permite a ingerência dos municípios, atribuindo-a apenas aos estados. Portanto, se o caos na segurança pública baiana é por má administração, não pode ser o prefeito, atual ou anterior, o responsável.
 
 
 
 
Redação OdS

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