Ineficazes para combater, verdadeiramente, os crescentes índices de homicídio nas grandes cidades, os governos estaduais vêm adotado um artifício nada honesto para "ficar bem na fita". Trata-se da manipulação dos dados estatísticos, fazendo sumir do total de assassinatos crimes que, por uma filigrana jurídica, podem ser classificados de outra forma.
O exemplo mais claro é o dos latrocínios - roubos seguidos de morte -, que vêm sendo omitidos das estatísticas globais de assassinatos. São Paulo sedia o mais recente escândalo:
O artifício, embora nefasto, não é nada novo. Há alguns meses, no Rio de Janeiro, o IPEA já havia identificado que vários homicídios eram lançados como "mortes por causa externa não determinada".
Ao que parece, além dos mortos pela violência criminal que contamina o país, agora temos que conviver com o assassinato das estatísticas. Até quando?